Na indústria cosmética, perante consumidores cada vez mais exigentes, é importante demonstrar a eficácia dos produtos e fundamentar alegações, informando o consumidor final relativamente aos eventuais benefícios do produto e aumentando a confiança na sua utilização.
De acordo com o Regulamento (UE) N.º 655/2013 da Comissão, “as alegações relativas a produtos cosméticos, explícitas ou implícitas, devem ser baseadas em elementos comprovativos adequados e verificáveis”, tal como através da realização de testes de eficácia.
Exemplos destas alegações incluem:
-Fortalecimento do cabelo;
-Proteção térmica;
-Anti-queda;
-Redução de rugas;
-Hidratação da pele.
Existem testes de eficácia específicos consoante a categoria na qual o produto se insere e de acordo com a alegação que se pretende realizar. Por exemplo, para produtos capilares, podem ser realizados testes de força e resistência, de proteção térmica, entre outros, enquanto em produtos para a pele são usualmente realizados testes de hidratação, antirrugas, etc.
Este tipo de testes podem ser avaliados por vários métodos:
· Avaliação clínica por especialistas/dermatologistas;
· Determinações biométricas;
· Fotografias;
· Imagens 3D;
· Avaliação subjetiva por dermatologistas ou especialistas;
· Avaliação subjetiva pelos consumidores.
O Regulamento (UE) N.º 655/2013 refere ainda que, “sempre que sejam utilizados estudos como evidência, os mesmos devem ser relevantes para o produto e para o benefício alegado, e devem obedecer a metodologias (válidas, fiáveis e reprodutíveis) bem concebidas, bem conduzidas e que respeitem considerações éticas”. Desta forma, os testes de eficácia devem ser realizados de acordo com as diretrizes e normas para ensaios clínicos, tais como a ICH E6 (R2) Good clinical practice - Scientific guideline, uma norma internacional de qualidade ética e científica para a conceção, realização, registo e comunicação de ensaios que envolvam a participação de seres humanos, preservando a integridade dos participantes. Adicionalmente, a Declaration of Helsinki, da World Medical Association (WMA), estabelece princípios éticos para a investigação médica envolvendo seres humanos. De acordo com esta declaração “É dever do médico promover e salvaguardar a saúde, o bem-estar e os direitos dos pacientes, incluindo aqueles que estão envolvidos na investigação médica”. A associação Cosmetics Europe - The Personal Care Association (COLIPA), fornece ainda normas orientadoras, tais como “Guidelines for the evaluation of the efficacy of cosmetics products”.
Concluíndo, os testes de eficácia desempenham um papel fundamental na indústria cosmética, fornecendo provas do desempenho de um produto, garantindo a conformidade regulamentar, aumentando a confiança dos consumidores e impulsionando a inovação dos produtos. A realização destes testes é um fator diferenciador, sendo essencial para o sucesso global e a credibilidade dos produtos cosméticos no mercado.
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